O delirante Japão da artista Ana Aragão.

Primeira exposição da artista portuguesa Ana Aragão em Tóquio.

Ana Aragão apresenta My Plan For Japan em terras nipónicas, em estreia internacional, a convite da Embaixada de Portugal no Japão. Esta mostra tem origem na exposição individual No Plan For Japan, que esteve patente no Museu do Oriente em Lisboa entre Novembro de 2021 e Fevereiro de 2022. A artista consagra assim a sua relação com o Oriente, que teve início em 2017 depois de duas exposições individuais e uma residência artística em Macau. A cerimónia inaugural realizar-se-á no dia 30 de Maio, na icónica galeria Hillside Forum em Tóquio – projecto do arquitecto japonês Fumihiko Maki, galardoado com o prémio Pritzker. A artista desenvolveu uma peça inédita de grandes dimensões para marcar a celebração oficial dos 480 anos do primeiro desembarque dos portugueses no Japão e do Dia de Portugal. Intitulando-se “Auto da Barca do Efémero”, a peça é inspirada nos magníficos Biombos Nanban, representando uma contemporânea Nau do Trato/Kurofune, resultante de um processo extremamente demorado e detalhado que caracteriza o seu trabalho. Este projecto conta também com a participação do músico Tiago Bettencourt – com o seu Soundscapes for Ana – e as animações da Universidade Lusófona sob a direcção de João Alves de Sousa, que propõem dar vida às obras. O embaixador de Portugal no Japão Vítor Sereno, o professor Jorge Figueira e o jornalista Carlos Vaz Marques integram igualmente este projecto com textos que materializam em palavras aquilo que nos é difícil explicar. Tem o Alto Patrocínio da Presidência da República e o apoio do Instituto Camões e da OTIIMA. Conta ainda com um documentário e fotografias do realizador Miguel C. Tavares (com produção cinematográfica na Netflix) que serão exibidos durante a exposição em Tóquio relatando a viagem da artista pelas várias fases de criação da peça principal Auto da Barca do Efémero. Esta obra será exposta no Museu do Oriente, em Lisboa, após o término da exposição em Tóquio. A exposição de Ana Aragão, composta principalmente por ensaios de “arquitectura de papel”, é uma oportunidade imperdível tanto para os amantes de arte como para os entusiastas da arquitectura, em especial do metabolismo japonês ou da cultura nipónica. A relação entre real e ficção oferece uma exploração fascinante dos limites da arquitectura e da arte apresentando um Japão delirante.

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Ana Aragão expõe no Japão e explora a memória portuguesa de há 480 anos

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